Mãe, me divorciei.

"O Robertinho foi um cara que senti firmeza na hora de aceitar a namorar. Ele não era do tipo de cara que parecia que estava com mulher por curtição. Foram três anos de namoro, até se estender no noivado. No namoro parece até que temos mais liberdade do que noivado. Para muitos talvez isso não faça diferença, mas a partir do momento que se veste a aliança de comprometimento de praticamente "para toda a vida", é um peso. Era de um compromisso gostoso até.
  Eu tinha meu tempo de ficar sozinha e pensativa- talvez quando nervosa, tpm- em minha casa. E quando nos encontrássemos, a cabeça já estava mais fria.
 Eu tinha minhas coisinhas, aquela coisa de ter seu lugar aonde quer, como quer e quando quer. No casamento parece que todo aquele "fru-fru" e paciência com o outro vai se deixando de lado.

 A casa virou uma, o nervosismo um só e a tpm... Continuou uma só, mas eu com a lança e ele com a armadura. Era o caso de "eu quero isso aqui" e "mas eu acho melhor aqui". Obviamente, que no início não é bem assim. Você ainda mantém aquela coisa de apaixonado, quer ficar mais grudado.
 Na cama, é conchinha, respiração na nuca... Aos poucos, os dois se separam por entre lençóis, quase caindo da cama. O estresse da rua acaba se ligando a si e te acompanha em casa e quem paga o pato... o parceiro.
 Isso até eu chegar na casa de minha mãe, e exclamar com o peito inchado de certeza e dizer: "Mamãe, vou me divorciar". Ela me olha, séria e serena e me responde na maior calmaria: "Tudo bem, filha". De costas, pude ouvir o murmuro dela: "Só sete meses casada... Pra'onde vamos?".
 Acabou-se, por sete meses. Foi longo demais até! Engraçado uma coisas dessas... Como é que pode de um namoro pra um casamento a pessoa mudar tanto assim??"

Obs: Texto fictício, não me divorciei xD. Foi apenas uma crítica social.      

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